Como a procrastinação prejudica os universitários: Causas, consequências e soluções


A procrastinação virou uma velha conhecida de quem está na universidade. Adiar tarefas, deixar tudo pra última hora, prometer que vai fazer "depois"... tudo isso tem se tornado rotina entre muitos estudantes. E o problema é que esse comportamento, que parece inofensivo no início, acaba afetando diretamente o desempenho nos estudos — e também a saúde mental.

Mais do que uma simples falta de organização, a procrastinação pode ser um sinal de questões mais profundas. E entender os motivos por trás dela é o primeiro passo pra lidar com isso de forma mais leve e realista.

Esse post é um resumo geral do que os estudos da área acadêmica tem pesquisado nos últimos anos (de 2015 a 2025) sobre o impacto da procrastinação na vida universitária, principalmente em países de língua portuguesa. Vamos ver juntos o que tá por trás desse hábito e como dá pra lidar com ele de um jeito mais prático.


O que é procrastinar (e por que fazemos isso)

Procrastinar é basicamente adiar o que precisa ser feito. Sabe aquela leitura que você deixou pra amanhã? Ou aquele trabalho que começou só na véspera? Pois é. Às vezes é por preguiça mesmo, mas muitas vezes é porque estamos lidando com coisas como ansiedade, insegurança, perfeccionismo ou falta de motivação.

Há pessoas que deixam tudo para última hora porque acha que funciona melhor sob pressão. Outros, simplesmente travam diante das tarefas e não conseguem começar. Em alguns casos, o medo de errar ou de não ser bom o suficiente paralisa e faz com que a pessoa se sabote sem perceber.


Por trás da procrastinação: o que tá rolando?

Nem sempre a questão é só preguiça ou má gestão do tempo. Existem motivos mais profundos que ajudam a explicar por que tanta gente procrastina.

Um deles é a baixa autoestima. Quando a pessoa duvida da própria capacidade, ela tende a evitar tarefas que podem colocar isso à prova. Outro ponto importante é o sentimento de estar perdendo o controle, especialmente quando as tarefas são impostas ou muito rígidas. Nesse caso, a procrastinação funciona como uma forma de resistência silenciosa — uma espécie de “protesto” inconsciente.

E claro, tem também o excesso de pressão, a sobrecarga, a falta de motivação, a distração com redes sociais e a rotina bagunçada. Tudo isso se mistura e vira o cenário perfeito pra procrastinar.


Como isso afeta o rendimento acadêmico

Procrastinar afeta muito mais do que só as notas. Quem vive adiando tarefas geralmente entrega tudo correndo, sem tempo pra revisar ou aprender de verdade. Isso prejudica o desempenho nas avaliações, mas também o aprendizado no geral.

Além disso, a procrastinação cria um ciclo de frustração e culpa. A pessoa se sente mal por não ter feito o que precisava, se cobra, fica ansiosa — e aí, pra aliviar esse mal-estar, acaba adiando de novo. E assim o ciclo se repete.

Em casos mais sérios, isso pode levar a altos níveis de estresse, ansiedade e até ao abandono do curso.


Por que isso acontece com tantos universitários?

A vida na universidade traz muitos desafios. Muita autonomia, pouca orientação, carga horária pesada, e às vezes, pouca estrutura de apoio. Pra quem tá entrando agora, tudo isso pode ser bem difícil de lidar.

Fora isso, questões como ansiedade, depressão, estresse e burnout são comuns nesse período da vida — e todos esses fatores aumentam a chance de procrastinar. Também não ajuda o fato de que muitos estudantes têm uma rotina bagunçada, dormem mal, passam horas nas redes sociais e não conseguem se concentrar.

A pressão por desempenho alto e constante também pesa. Em ambientes muito competitivos, o medo de falhar faz com que a pessoa só queira entregar algo “perfeito” — e quando sente que não vai conseguir, prefere nem começar.


Estratégias que ajudam de verdade

Pra lidar com a procrastinação, não existe fórmula mágica. Mas tem sim algumas estratégias que podem fazer toda a diferença.

  • Dividir as tarefas em partes pequenas e mais fáceis de começar.

  • Estabelecer metas realistas e prazos que você realmente consegue cumprir.

  • Usar ferramentas de organização, como planner, agenda, app de tarefas ou a técnica Pomodoro.

  • Observar os gatilhos emocionais, como medo ou insegurança, e trabalhar isso com calma.

  • Buscar apoio psicológico ou psicopedagógico, caso sinta que está sobrecarregado demais.

  • Participar de grupos de estudo ou criar um ambiente colaborativo, que ajude a manter o foco.

Além disso, é importante lembrar que mudar hábitos leva tempo. Às vezes, o mais útil é parar de se culpar e começar com passos pequenos. O importante é se manter em movimento.


Conclusão

Procrastinar não é sinal de fracasso nem de preguiça. Na maioria das vezes, é só o jeito que nosso cérebro encontrou de lidar com o excesso de pressão, insegurança ou falta de clareza.

O importante é não normalizar esse comportamento quando ele começa a atrapalhar sua vida. Se perceber que a procrastinação está te impedindo de aprender, de crescer ou de seguir em frente, vale a pena parar, respirar e buscar estratégias que te ajudem a mudar.

Com apoio, organização e um pouco de autoconhecimento, é totalmente possível sair desse ciclo e construir uma rotina mais leve e produtiva na universidade.

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